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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Genov identifica mutação da variante Gama no Brasil


Projeto da Dasa para sequenciamento do SARS-Cov-2 identifica mutação convergente da variante Gama (P.1) com Delta, a chamada Gama-plus

São Paulo, 12 agosto de 2021 - Dados do primeiro relatório do Genov – projeto científico da Dasa de vigilância por sequenciamento amostral do SARS-CoV-2 no Brasil – identificaram o avanço de uma mutação da variante Gama (P.1) no País. O projeto analisou 1.380 amostras de todas as regiões do Brasil, coletadas entre maio e junho, e observou que mais de 95% eram da linhagem Gama. Dentre elas, 11 amostras de maio, apresentaram a mutação P681H, em que o aminoácido prolina é substituído por um outro, a histidina. É a chamada Gama-plus, uma mutação convergente com características da Delta, variante que geralmente apresenta essa alteração estrutural.  

“Essa mutação de prolina para histidina já havia sido vista em outras variantes no mundo, incluindo todas as variantes de preocupação (VOCs, na sigla em inglês), mas não era muito comum na Gama. No entanto, temos visto um aumento em sua ocorrência nas amostras brasileiras”, explica o coordenador do Genov e virologista da Dasa, José Eduardo Levi. 

Das 11 amostras de maio que registraram a mutação P681H, cinco são do estado de Goiás, duas do Tocantins, uma do Mato Grosso, uma do Ceará, uma de Santa Catarina e uma do Paraná. Em junho foram identificadas, ainda, três amostras da variante Delta no Paraná (Curitiba, Cascavel e Matinhos) e um caso no Rio de Janeiro; os únicos quatro casos identificados pela Dasa até o momento.  

“Ainda que sejam números referentes aos meses de maio e junho, são de grande importância epidemiológica pois nos ajudam a entender o comportamento e a evolução das variantes no Brasil. São achados que reforçam nossa percepção de que não devemos minimizar o risco que as variantes importadas para o nosso País, como a Delta, possam representar; mas que precisamos nos manter atentos para a evolução local da Gama”, salienta Levi. 

O relatório com os primeiros sequenciamentos, do total de 30 mil, está disponível no site do Genov, lançado hoje, além de terem sido depositados no Gisaid 

Variantes P.4 e Delta 

Das amostras analisadas na primeira fase pelo Genov, oito eram da variante Alfa (B.1.1.7), uma da B.1 e uma da P.4 – esta, proveniente da cidade de Registro, no sul do Estado de São Paulo, mas descrita inicialmente na região noroeste por um outro grupo de cientistas. Ela já havia sido registrada, entre outras, na cidade de Capão Bonito, no centro-sul do Estado, o que sugere, portanto, sua expansão geográfica. Ainda não se sabe ao certo o quão transmissível é a P.4. 

Além disso, os pesquisadores do Genov também identificaram uma amostra da variante Gama com a mutação P681R, em que no lugar da prolina é notada a presença de arginina, típica da Delta. Foi em uma amostra de Nova Iguaçu, (RJ).  

Metodologia 

O Genov realizou o sequenciamento de 502 genomas completos de SARS-CoV-2 amostrados na 1ª quinzena de maio e mais 878 amostras referentes a 1ª quinzena de junho, totalizando 1.380 amostras. A escolha das amostras – todas anônimas, conforme prevê a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)  objetivou representar todas as regiões do País, ao mesmo tempo refletindo a prevalência do SARS-CoV-2 no período. Por questões técnicas, foram selecionadas apenas amostras com RT-PCR positivo e valor de Ct< 30 (Cycle Treshold) correspondendo a cargas virais que permitem o sequenciamento do genoma completo com qualidade. 

A classificação definitiva das linhagens foi feita após confirmação por análise filogenética contendo sequencias representativas das principais linhagens circulantes. 

A vigilância genômica, junto com o reforço das medidas não farmacológicas (distanciamento e isolamento social, uso de máscara e higienização das mãos) e da oferta de vacinas em larga escala, compõe o tripé da prevenção da Covid-19 e é mais uma contribuição da Dasa para a sociedade civil e científica 

 

Sobre o Genov 

Genov é o projeto científico de vigilância genômica da Dasa. A iniciativa tem como missão acompanhar a evolução do vírus SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19. Em um intenso trabalho de pesquisa serão sequenciados 30 mil genomas do coronavírus em até 12 meses.  

Sobre a Dasa 

A Dasa é a maior rede de saúde integrada do Brasil. Faz parte da vida de mais de 20 milhões de pessoas por ano, com alta tecnologia, experiência intuitiva e atitude à frente do tempo. Com mais de 40 mil colaboradores e 250 mil médicos parceiros, existe para ser a saúde que as pessoas desejam e que o mundo precisa, estando presente em cada etapa de cuidado.  

Acredita que para cuidar sempre é preciso cuidar por inteiro. Por isso, olha para a gestão da saúde de um jeito preventivo, preditivo e personalizado. Integra medicina diagnóstica, hospitais, genômica, oncologia, coordenação de cuidado, pronto atendimento, telemedicina, pesquisa clínica e ciência. Ao todo, conta com 16 hospitais referências (considerando rede própria, crescimentos inorgânicos e os deals que ainda estão sob aprovação dos órgãos reguladores), e mais de 59 marcas entre medicina diagnóstica e hospitais, distribuídas em mais de 900 unidades no Brasil. 

A Dasa garante uma navegação ágil, descomplicada e sem atritos na jornada da saúde, tanto para pacientes quanto para médicos, por meio da sua plataforma de gestão, o Nav. Além disso, oferece soluções integradas e inovadoras de saúde corporativa, por meio do Dasa Empresas. Somos Dasa e somos para toda a vida. Para mais informações, acesse: www.dasa.com.br 

 

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Estudo científico levanta hipótese de que usar máscaras rejuvenesce

Cobrir o terço inferior do rosto com a máscara diminui de 3 a 5 anos

Desde a propagação do novo coronavírus em 2020, o uso de máscaras se tornou algo comum e frequente na rotina das pessoas. O acessório, fundamental para a proteção da vida, também nos trouxe pequenos incômodos estéticos, como a maskne – a acne causada pelo uso excessivo de máscaras. Entretanto, algo curioso e positivo chamou a atenção de alguns pesquisadores americanos.

De acordo com um artigo publicado pelo jornal médico acadêmico, Aesthetic Surgery Journal, usar máscara provoca uma certa alteração na percepção de idade – precisamente, 3.16 anos a menos. Segundo os pesquisadores, o principal motivo se encontra no terço inferior do rosto composto pelo queixo, mandíbula e lábios, que ficam tampados e escondem as rugas labiais, a papada e as dobras nasolabiais, entregando um aspecto mais jovial às pessoas.

De acordo com a dermaticista Patrícia Elias, especialista em saúde da pele, entregar a idade é um assunto que ainda perturba muitas pessoas, principalmente na era do Instagram e das cirurgias plásticas desenfreadas. “Parecer mais jovem vai muito além da aparência física e aumenta o otimismo, a satisfação pessoal e profissional e ajuda na saúde mental”, afirma.

Também foi citado no artigo que pessoas com histórico de tabagismo podem surfar mais alto nessa onda jovial quando comparados aos não fumantes. O maior efeito do uso da máscara se desdobrou no grupo de mulheres que fumavam e aparentavam ter 5 anos a menos do que a verdadeira idade.

“O estudo sem dúvida nos mostra a importância do terço inferior do rosto e qual a sua contribuição na percepção de idade das pessoas”, afirma Patrícia. “Quando procuramos por tratamentos estéticos com o objetivo de rejuvenescer a pele, o ideal é buscar procedimentos que cuidam dessa área em específico para reduzir a idade facial e entregar um resultado positivo ao paciente, como por exemplo, microagulhamento, peeling químico, preenchimento com ácido hialurônico, aplicação de enzimas, radiofrequência, entre outros. Afinal, o melhor é tratar a região agora no inverno, pois tudo indica que em breve não vamos mais precisar usar máscaras”, finaliza a especialista.