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domingo, 22 de novembro de 2020

Instituto Oncoguia realiza 3º Fórum de Câncer de Pulmão



Tipo de neoplasia é a que mais vitima no Brasil e 90% dos casos são diagnosticados em estágio avançado. Prevenção e diagnóstico precoce serão pautas de evento online e gratuito. Jornalistas terão acesso com exclusividade aos médicos.

O Instituto Oncoguia realiza no próximo dia 24 de novembro, o 3º Fórum Oncoguia de Câncer de Pulmão. Esse ano, de maneira virtual, com transmissão ao vivo pelo Youtube, o evento abordará temas importantes sobre desafios, novidades, prioridades, reflexões e aprendizados, além da importância do diagnóstico precoce e tratamentos inovadores no Sistema Único de Saúde (SUS) para uma das neoplasias mais agressivas. A participação é gratuita e os interessados podem se inscrever em http://www.oncoguia.org.br/eventos/3-forum-pulmao/.

O Fórum é parte das ações da Campanha “Você não está mais sozinho”, que busca mostrar que é possível viver e ter qualidade de vida após o diagnóstico do câncer de pulmão.

A abertura será às 9h, com atualização do Radar do Câncer de Pulmão, apresentada pela fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz. Na sequência, às 9h20, o oncologista clínico Fernando Moura estará à frente da palestra: “Câncer de pulmão no Brasil: desafios, novidades e prioridades” e às 9h45, a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Clarissa Mathias, falará sobre “Pandemia e câncer de pulmão: reflexões e aprendizados”.

Às 10h05 terá início o primeiro módulo de debates sobre como garantir o diagnóstico precoce. O pneumologista Ciro Kirchenchtjn trará a importância do pneumologista do combate e cuidado do câncer de pulmão, e o cirurgião torácico do Hospital Israelita Albert Einstein, Ricardo Sales destacará por onde se deve começar na busca por um diagnóstico precoce.

O módulo dois começa às 10h50 e será sobre medicina personalizada na prática. A médica patologista Ellen Caroline enriquecerá a discussão com os desafios da patologia do câncer de pulmão no SUS e na Saúde Suplementar. Em seguida os oncologistas Diogo Bugano e Marcelo Cruz, apresentarão como o câncer de pulmão deve ser tratado e os desafios no SUS e no sistema suplementar, respectivamente. Encerrando esse ciclo, o gerente de Dados André Marques, trará o case “Quando a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) não significa acesso”.

O terceiro e último módulo será pautado na voz do paciente. Luciana Holtz entrevistará pacientes que vivem com o câncer de pulmão e na sequência os internautas poderão sanar suas dúvidas.

A programação completa está disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/3-forum-de-cancer-de-pulmao-do-oncoguia/13967/579

PREMIAÇÃO PARA JORNALISTAS

Encerrando o evento, a partir das 12h35, será realizada uma discussão fechada com médicos e jornalistas. Os profissionais de mídia podem se inscrever como participantes e receberão acesso à sala exclusiva.

Os jornalistas participantes poderão ser premiados com R$ 3.500,00,00, em uma parceria do Oncoguia com a Global Lung Cancer Coalition | GLCC. Para concorrer, basta que seja enviado até o dia 21/12/2020, para o e-mail: institutooncoguia@oncoguia.org.br, o link da publicação ou uma foto (caso a publicação seja impressa), para que o material seja avaliado pela comissão julgadora composta de membros do comitê do Oncoguia. Serão aceitas evidências de publicação que constem os dados completos dos jornalistas e do veículo, como nome e data de veiculação. O comitê avaliador irá divulgar o resultado em 10/01/2021.



SERVIÇO

3º Fórum Oncoguia de Câncer de Pulmão
Quando: 24 de novembro de 2020
Hora: das 9h às 12h35
Local: Youtube
Inscrições gratuitas aqui: http://www.oncoguia.org.br/eventos/3-forum-pulmao/

SOBRE O ONCOGUIA

A ONG Instituto Oncoguia foi fundada em 2009 por um grupo de profissionais de saúde e ex-pacientes de câncer, liderados pela psico-oncologista Luciana Holtz de C. Barros. Dessa união nasceu uma associação sem fins lucrativos, criada e idealizada com o objetivo de ajudar o paciente com câncer a viver melhor por meio de projetos e ações de informação de qualidade, educação em saúde, apoio e orientação ao paciente, defesa de direitos e advocacy.

domingo, 8 de novembro de 2020

Pandemia faz casos de bruxismo aumentar a procura por dentistas

Dr. Gustavo Féres.
Especialista fala da importância em tratar o problema


A pandemia da Covid-19 fez com que muitas pessoas apresentassem problemas de saúde derivados de estresse e ansiedade. Nos consultórios odontológicos, a procura por atendimento para casos de bruxismo tem sido elevada durante todo o período de 2020. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 84 milhões de brasileiros sofrem de bruxismo, o que equivale a 40% da população. No Google, a busca pelo termo “bruxismo” bateu recorde em 2020. O último mês de agosto em comparação com dezembro de 2019, o termo teve aumento de 80% nas pesquisas.

O problema, que consiste no ranger ou pressionar dos dentes, principalmente durante o sono, se não for tratado, pode causar desgaste e dor nos dentes. “O coronavírus, juntamente com o período de isolamento e avanço da doença trouxeram muita tensão na vida das pessoas. Essa tensão, combinada com medo, angústia e ansiedade fazem com que o bruxismo fique mais evidente, levando mais pacientes a procurar pelos consultórios odontológicos”, explica o Dr. Gustavo Féres.

Os principais sintomas do bruxismo são dor na face, na cabeça e sensação de mandíbula travada. “Ao apresentar os sintomas característicos do problema é indicado que a pessoa procure um especialista para iniciar o tratamento, que é feito com o uso da placa de bruxismo. Ela protege os dentes evitando o contato entre as arcadas dentárias e age no reposicionamento da mandíbula, proporcionando alívio e mais saúde para o paciente”, finaliza o dentista.

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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Queda na vacinação infantil preocupa em período de volta às aulas presenciais


Laboratório Hermes Pardini alerta para necessidade de cumprir calendário previsto para as crianças


A aproximação do fim do ano por si só já chamaria a atenção dos profissionais de saúde para a necessidade de colocar o calendário de vacinação em dia antes de pegar a estrada ou o avião nos feriados de novembro ou para as viagens de férias, Natal e Réveillon. Mas em um ano de pandemia, o período exige ainda mais cuidado. Isso porque o índice de vacinação, que já vinha registrando queda nos últimos anos, caiu ainda mais. De acordo com dados do PNI, o Programa Nacional de Imunizações, a meta anual é vacinar de 90 a 95% das crianças no Brasil. De janeiro a julho de 2020, no entanto, o índice não passou de 61%.

“O coronavírus fez com que as pessoas desviassem a atenção e esquecessem de outras doenças que circulam pelo país e podem ser facilmente evitadas através da vacinação. Embora seja normal que, por receio de sair de casa, isso tenha ficado um pouco de lado, é preciso atualizar o calendário. Principalmente porque estamos na flexibilização do isolamento social e as escolas começam a retomar as atividades in loco”, explica a Dra. Melissa Palmieri, coordenadora médica de vacinas do Grupo Pardini.

Para voltar gradualmente à rotina, a especialista alerta que algumas vacinas são fundamentais. Entre elas:

Rotavírus, que previne contra tipos de rotavírus, causadores de diarreia e desidratação especialmente em crianças.

Tríplice viral (SCR - Sarampo, Caxumba e Rubéola), indicada a partir de 1 ano de vida. Atualmente o Programa Nacional de Imunizações está recomendando uma dose extra entre 6 e 12 meses de idade devido à circulação do vírus em todo território nacional com risco de acometer os bebês com formas graves ou até mortes.

Vacinas combinadas como hexavalente e pentavalente, que protegem contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae b, hepatite B e poliomielite inativada.

Febre Amarela, para todos os brasileiros a partir de 9 meses de vida.

Além disso, para quem pretende viajar no verão, é recomendado verificar, com antecedência, se a região do Brasil ou o país que visitará exige medidas extras de proteção e cuidado. “Certifique-se de que o local de destino não tem nenhuma doença de ocorrência usual ou algum surto epidêmico”, afirma a Dra. Melissa. Para quem tem dúvidas, vale procurar um médico de confiança ou ir a um serviço de vacinação público ou privado e pedir para que um profissional de saúde avalie a carteirinha. “Na maioria dos casos, é importante que a vacina seja realizada de 10 a 15 dias antes da viagem. É o tempo necessário para a produção de anticorpos”, acrescenta a médica do Pardini antes de destacar as principais vacinas recomendadas no período:

VACINA DE TÉTANO

Feriados e férias são o período em que as pessoas saem da zona de segurança, fazem atividades que não estão acostumadas, tentam algum esporte novo, exploram locais diferentes e, portanto, o risco de um acidente com ferimento em pele e exposição ao tétano fica muito elevado. "A vacina contra o tétano normalmente está em dia até a adolescência. Depois, as pessoas esquecem de fazer os reforços recomendados de 10 em 10 anos. Assim, passam férias e momentos de lazer sob um risco que poderia ser facilmente evitado", explica a doutora.

HEPATITE A

A vacina de hepatite A também é importante. Como o vírus é transmitido pela ingestão de água e alimentos contaminados, os casos da doença podem aumentar no verão. O vírus da hepatite A pode, ainda, se alojar no gelo. "Alguns especialistas relatam que nesta temperatura de congelamento o vírus já foi detectado até um mês depois da contaminação. Outros falam em meses. Portanto, aquela raspadinha na praia ou a caipirinha com gelo podem representar um perigo à saúde de quem não está imunizado,” afirma a especialista do Pardini.

FEBRE AMARELA

Atualmente todo o território nacional virou área de risco para a recomendação da vacina de febre amarela e o Certificado Internacional de Vacinação contra a doença é exigido na entrada de diversos países. Vale se informar sobre a necessidade da vacina com a embaixada do local de destino ou no site da Anvisa. A vacinação pode ser feita em postos de saúde ou serviços de imunização privados autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. "O viajante não pode esquecer que essa vacina deverá ser realizada em até 10 dias antes da viagem internacional", ressalta a médica.

FEBRE TIFOIDE

Você pode nunca ter ouvido falar dela, mas a doença infectocontagiosa é comum na América Latina, Oceania, África e sul da Ásia. "Trata-se da infecção por um dos tipos da bactéria salmonela e é transmitida por alimento e água contaminados”, explica a Dra. Melissa. Está mais presente em áreas com condições precárias de saneamento, higiene pessoal e ambiental. A vacina é recomendada para quem viaja a regiões onde a incidência é alta.

MENINGITE TIPOS ACWY e B

A vacinação contra a meningite é de extrema importância, não tanto pela incidência da doença, mas pela gravidade e alto índice de letalidade. “Sem o tratamento adequado, ela pode levar à morte em menos de 24 horas”, alerta. “Se você vai viajar para regiões afastadas, com pouca ou nenhuma estrutura de saúde, reservas naturais, vilarejos, ilhas, etc, não há porque correr risco. É melhor tomar a vacina antes”.

ZIKA, DENGUE E CHIKUNGUNYA

O período de chuva associado ao calor beneficia a proliferação do Aedes aegypti. O mosquito está presente em todo o país, mas existem cidades e regiões que são mais afetadas. Se for viajar para essas áreas, use repelente e reforce a aplicação ao amanhecer e ao entardecer, já que ele costuma picar nesses períodos. Vale destacar que a vacina contra a dengue só é feita em pessoas anteriormente infectadas, visando proteger das formas graves da doença. Ela está disponível nos serviços privados para o público entre 9 e 45 anos. São recomendadas 3 doses (0, 6 e 12 meses).

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domingo, 1 de novembro de 2020

Tipos de vitamina C e seus benefícios

Herpes, erupções cutâneas, gengivite e escorbuto. As propriedades do ácido ascórbico, a vitamina C, podem ser aplicadas em diversas situações, da potencialização do sistema imunológico ao envelhecimento precoce da pele.

Estudo publicado na Revista de Ciências Médicas da PUC de Campinas indica que a vitamina C é capaz de modular a resposta imune do organismo humano em vários níveis, inclusive produzindo anticorpos. Pesquisa divulgada na HU Revista, periódico do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mostra que o ácido ascórbico pode ser útil na recuperação dental após o uso de alguns tipos de clareamento.

Encontrada em qualquer farmácia em diversas apresentações, a substância foi descoberta em 1932 por um cientista húngaro e é conhecida por auxiliar na reconstrução de tecidos, órgãos e vasos do organismo humano. A substância é conhecida por sua ação antioxidante - eliminando os radicais livres - e seu uso é associado à prevenção de problemas de saúde a longo prazo, como osteoporose e derrames.

Um organismo em falta de vitamina C pode apresentar diversos problemas. Desde maior frequência de resfriados e gripes - pela fraqueza do sistema imunológico -, pele ressecada, cabelos quebradiços até ossos fragilizados. A pessoa com deficiência na substância tende a ficar mais cansada e desanimada ao longo do dia, já que o componente ajuda a dar energia e evitar o sentimento de fadiga.

Uso da vitamina C

A vitamina C é uma substância popular e bastante conhecida entre os brasileiros, mas muitos fazem uso da substância sem orientação. De acordo com a Ingestão Diária Recomendada (IDR) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é indicada a ingestão de 100 mg por dia, mas a dosagem pode variar de acordo com o gênero, idade e peso. As orientações de nutricionistas ou nutrólogos tornam melhores os resultados.

Absorção da vitamina C

O corpo humano não é capaz de produzir a vitamina C e é necessário obtê-la por meio da alimentação e uso de suplementos. Além de não ser naturalmente sintetizada pelo organismo, a substância relativamente frágil, pois oxida rapidamente em contato com a água e o ar.

Para evitar a volatilidade, diversos derivados da vitamina foram criados para serem inseridos na dieta. O objetivo é garantir o aproveitamento máximo dos benefícios que a substância pode trazer. Dentro da classe de derivados, os mais comuns são a vitamina C lipossomal, a tamponada e a com adição de rose hips.

Vitamina C lipossomal

Um dos motivos pelos quais a vitamina C não é absorvida no organismo deve-se ao fato de ser composta por moléculas hidrossolúveis, ou seja, com alta capacidade de se dissolver na água. Dessa forma, as células do corpo, envolvidas por membranas de ácidos graxos, não conseguem absorvê-las em sua totalidade. Uma alternativa indicada para potencializar essa absorção é usar vitaminas do tipo lipossomal.

A vitamina é revestida por lipossomas - pequenos organismos, formados por fosfolipídios - que conseguem atravessar mais facilmente a camada dos ácidos celulares. Um estudo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos afirma que as vitaminas lipossomais podem potencializar a absorção do princípio ativo em até 75%. Assim, os benefícios são intensificados.

Alguns dos resultados mais procurados é o efeito antioxidante, para o combate aos radicais livres, que são neutralizados pelos elétrons presentes nas vitaminas. A reação previne diversas doenças, principalmente relacionadas ao coração e ao cérebro.

Vitamina C tamponada

A forma pura da vitamina C é o ácido ascórbico. Apesar desse composto ter a acidez relativamente leve, ainda pode ser uma questão para quem apresenta problemas no trato gástrico.

A vitamina C tamponada surge como uma alternativa para estes casos. Neste composto, o ácido ascórbico é adicionado de sais minerais, aproximando o pH da substância ao fator alcalino. A vitamina C com redução da acidez pode ser útil principalmente para pessoas que sofrem com refluxos, úlcera ou quaisquer outros problemas gástricos.

Assa combinação intensifica a absorção de cálcio e magnésio, normalmente perdidas na ingestão da vitamina.

Vitamina C + Rose Hips

Há ainda a composição de vitamina C com rose hips. Conhecida também como "rosa canina", a planta é usada há milhares de anos para fins terapêuticos. Sua própria composição conta com ácido ascórbico, além de vitamina B, taninos e flavonoides - compostos bioquímicos encontrados em muitos vegetais, hortaliças, frutas e grãos. O resultado é uma substância com alto fator vitamínico e fonte de sais minerais.

Inserir vitamina C com rose hips na dieta pode ajudar a potencializar os efeitos clássicos da substância pura. Além disso, o composto é utilizado para tratamentos renais e intestinais - atuando com leve efeito laxante.

A recuperação de tecidos e a cicatrização também tendem a ser aceleradas com o uso contínuo da vitamina. Seu gosto é considerado agradável e, assim, fácil de ser adaptado para o dia a dia.

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Aumento de casos de estresse entre crianças preocupa especialistas

Dores abdominais, cefaleia e crises de ansiedade estão entre os sintomas do problema, alerta Hospital São Camilo de São Paulo




Com o prolongamento do isolamento social, especialistas alertam para o agravamento de um problema que têm impactado a saúde física e mental das crianças: o estresse. A procura por atendimentos nos prontos-socorros infantis da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo tem aumentado para casos de dores no peito, abdominais, cefaleia e crises de ansiedade, sintomas que estão relacionados às manifestações do chamado “estresse tóxico”.

O termo utilizado entre os especialistas é designado para casos mais frequentes, em níveis mais altos, exigindo uma resposta do organismo por tempo prolongado, o que pode ser muito prejudicial à saúde de maneira geral. “Se a criança não encontra, no seu ambiente, os recursos de adaptação suficientes para vivenciar uma situação nova, o estresse se torna nocivo”, explica a pediatra da Rede Dra. Vivian Oliveira.

Quando pensamos neste conceito, aplicado à pandemia, em que não apenas as crianças, mas também os adultos precisaram se adaptar a um novo cenário cercado de incertezas, o problema fica ainda mais evidente.

A psiquiatra do Hospital São Camilo Dra. Aline Sabino destaca que a mudança drástica na rotina e, em muitos casos, o impacto econômico decorrente da pandemia afetaram a saúde mental de todos, deixando a criança mais vulnerável.

Para eles, a falta da escola, do convívio com amigos, as brincadeiras coletivas, tudo isso foi suspenso sem uma data definitiva para terminar. “Até mesmo os mais velhos, que são capazes de entender melhor o que acontece no mundo, ainda assim suas vidas foram diretamente impactadas”, afirma a psiquiatra, destacando a importância da socialização para o desenvolvimento saudável das crianças.

Dra. Vivian complementa ainda que “cada criança é única e pode ser afetada em determinado momento, ou seja, independentemente da idade, o isolamento, confinamento e/ou distanciamento social vão impactar os pequenos de alguma maneira”.

Sinais de alerta

Como identificar se isso está acontecendo na sua família? A pediatra destaca alguns dos principais sinais de alerta:

1- Alteração no apetite, quando a criança perde o interesse pela comida preferida, ou quer comer muito mais do que o habitual.

2- Regressão, quando hábitos e comportamentos já aprendidos passam a se manifestar de novo, como xixi na cama, por exemplo.

3- Alterações gastrointestinais, quando a criança passa a ter episódios de constipação.

4- Variações de humor e inquietação, com momentos de tristeza e raiva.

5- Dependência maior dos pais e cuidadores, quando a criança sente mais necessidade de atenção do que o habitual.

Uso excessivo de telas

Para a Dra. Aline, o maior desafio para as famílias é encontrar meios de estabelecer uma rotina saudável no contexto atual. “Percebemos, por exemplo, que as crianças ficaram mais expostas aos dispositivos tecnológicos de telas e mídias, o que pode gerar uma série de problemas secundários à saúde dos pequenos”, complementa a pediatra.

Adriana Saavedra, fonoaudióloga da Rede São Camilo, destaca, por sua vez, que, embora as tecnologias sejam extremamente importantes e positivas, o uso imoderado pode favorecer dificuldades de comunicação, já que a criança não precisa expressar-se verbalmente para conseguir o que deseja ou o que está sentindo.

A especialista ressalta os reflexos deste excesso, que podem impactar até mesmo a qualidade do sono.

“As expectativas de receber mensagens, checar a atualização de redes sociais ou terminar a fase de um jogo de videogame, por exemplo, têm sido citadas como prejudiciais para o sono, ainda mais em decorrência da luz azul, que irradia dos equipamentos eletrônicos e interferem na produção de hormônios que nos ajudam a relaxar e nos deixar sonolentos para dormir”, frisa.

Além disso, conforme destaca a Dra. Vivian, passar muito tempo utilizando eletrônicos eleva os riscos do sedentarismo e, consequentemente, à obesidade, bem como pode potencializar atrasos no desenvolvimento cognitivo e alterações sociais, com redução da interação direta entre a criança e seus familiares e/ou cuidadores.

No entanto, compreendendo que o momento requer medidas de adaptação, as especialistas entendem que se torna mais difícil estabelecer limites saudáveis em relação ao uso das tecnologias.

“Um período não pode ser rotulado ou estipulado de maneira geral. O ideal é que quanto menos melhor, e de acordo com a rotina da criança e da família”, explica a fonoaudióloga.

A pediatra reforça a importância desse cuidado, já que, usadas de forma inadequada e abusiva, as tecnologias podem ocupar o espaço de atividades importantes para o desenvolvimento infantil, como a interação face a face, o tempo familiar de qualidade, brincadeiras ao ar livre, exercícios físicos e, até mesmo, tempo de inatividade e ócio criativo.

Saúde auditiva

Quando pensamos em eletrônicos, não podemos desconsiderar a importância do cuidado com o uso de fones de ouvidos.

A recomendação da fonoaudióloga é de que os fones sejam usados com moderação, além de manter o volume total dos equipamentos do ambiente abaixo da metade, evitando uma exposição auditiva prolongada.

Ela lembra que os pais devem estar atentos para sinais como falta de atenção, irritação e inquietação, que podem estar relacionados a uma dificuldade auditiva. “Problemas na fala também podem se apresentar, correlacionados a uma dificuldade auditiva, o que afeta a aprendizagem e o desenvolvimento da leitura e escrita, fatores que podem se destacar durante este período de aulas virtuais”, completa.

Rede de Hospitais São Camilo

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo é composta por três hospitais modernos na capital, nos bairros da Pompeia, Santana e Ipiranga, e um em Cotia, acreditados pela Joint Commission International (JCI), Himss e Qmentum Diamante.

As unidades prestam atendimentos de emergência e eletivos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea, além de oferecerem cerca de 800 leitos e um quadro clínico de mais de 4,3 mil médicos qualificados.

Os quatro hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de outras 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 estados brasileiros. No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, fundada por Camilo de Lellis, conta ainda com 25 centros de educação, dois colégios e três centros universitários.

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