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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Profissionais de saúde passarão a notificar forma crônica de doença de Chagas



Doença passou a fazer parte da Lista Nacional de Notificação Compulsória, do Ministério da Saúde brasileiro. A organização Médicos Sem Fronteiras celebra a obrigatoriedade.


A partir desta semana, a forma crônica da doença de Chagas passou a ser incluída na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde em todo o território nacional. A portaria do Ministério da Saúde de nº 264 foi publicada nesta segunda-feira (19/02) no Diário Oficial da União. Anteriormente, a notificação era obrigatória apenas para casos agudos da doença. 

Estima-se que pelo menos 1 milhão de pessoas sofra de Chagas no Brasil na fase crônica. Apesar de haver cura, há 8 milhões de pessoas infectadas no mundo. Somente 1 a cada 10 portadores da doença teve diagnóstico. O desconhecimento e a escassez de informações sobre o assunto têm sido entraves para a adoção de medidas mais efetivas contra esta doença negligenciada. Sem tratamento adequado, a doença de Chagas causa graves problemas cardíacos e no sistema digestivo.

Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma das organizações que trabalha para que sejam adotadas medidas mais efetivas de combate à doença, priorizando o cuidado e o fim da invisibilidade de milhões de pacientes.

“Este é um avanço importantíssimo para tirar da invisibilidade milhões de pessoas que vivem com a Doença de Chagas no Brasil. A obrigatoriedade da notificação abre caminho para que informações sobre esta doença negligenciada passem a ser registradas de maneira mais efetiva, permitindo a formulação e adoção de políticas mais eficientes de prevenção e combate”, declarou Ana de Lemos, diretora-executiva de MSF no Brasil.

A lista é uma ferramenta importante para que profissionais de saúde, pesquisadores e gestores públicos e privados acompanhem a evolução da ocorrência de doenças no Brasil e ajuda a orientar políticas de saúde.

A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24 horas.

Sobre Doença de Chagas

A doença de Chagas é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Trypanosoma Cruzi. Conhecida por ser causada pela picada do inseto “barbeiro” nas Américas, na verdade ela é transmitida pelas fezes contaminadas desse inseto, que pode entrar em contato com os humanos após sua picada, ou pela ingestão de alimentos contaminados. Porém, poucos sabem que a doença de Chagas também pode ser transmitida da mãe infectada para o bebê.

A enfermidade é endêmica em toda a América Latina. Ela não está ultrapassada e nem foi superada – mais de 65 milhões de pessoas ainda correm o risco de serem infectadas no mundo e 12 mil pessoas morrem por ano de causas associadas a ela.

Atualmente, a maioria das pessoas que vive com a doença reside em áreas urbanas e muitas vivem em países não endêmicos. O lugar onde elas se encontram mudou e a transmissão foi significativamente reduzida, mas os desafios de acesso ao diagnóstico e tratamento ainda permanecem.

MSF desenvolve projetos de atenção a pessoas com a doença de Chagas desde 1999 em diversos países da América Latina, como Honduras, Nicarágua, Guatemala, Brasil, Colômbia, Paraguai, México e Bolívia. A organização desenvolveu atividades também em países considerados não endêmicos como na Itália, para oferecer atenção médica a imigrantes infectados. Em quase 20 anos de atividades médicas com a doença de Chagas, MSF deu oportunidade de diagnóstico a cerca de 115 mil pessoas.


Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional criada em 1971 na França por médicos e jornalistas para levar cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Medicamentos guardados de forma errada podem ter um efeito desastroso

Especialista explica: Medicamento é coisa séria

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou recentemente um relatório no qual alerta que a utilização de medicamentos sem orientação médica pode matar 10 milhões de pessoas por ano até 2050. Uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF) reforça a preocupação com o tema e destaca que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros. O índice de pessoas que se automedicam no Brasil é maior nas regiões Norte e Centro-Oeste (80%). Em seguida, vêm as regiões Nordeste, Sudeste e Sul, com os índices de 79%, 77% e 71%, respectivamente.

O farmacêutico Adriano Ribeiro, da rede de farmácias Extrafarma, alerta para os cuidados necessários com o armazenamento e uso da medicação. “Além de tomar remédios apenas sob prescrição médica, é muito importante ter cuidado na hora de ingeri-los e armazená-los. Só assim é possível garantir a eficácia do produto para aquilo que foi indicado”, explica.

A maior parte dos erros na utilização de medicamentos é potencialmente evitável.

Na entrevista abaixo, Adriano Ribeiro esclarece as principais dúvidas sobre o uso correto e consciente de medicamentos.

Por que alguns medicamentos valem apenas por um mês após abertos? Não posso considerar a validade da caixa?

Após abertos, alguns medicamentos exigem um cuidado maior em função da exposição a fatores externos. Umidade, variação de temperatura e o contato com o oxigênio do ar podem contribuir para o surgimento de fungos e bactérias, além da degradação do produto e geração de substâncias tóxicas. Por isso, é importante sempre seguir as orientações médicas ou farmacêuticas e ler atentamente a bula. 

Por que devemos tomar o antibiótico sempre no mesmo horário?

Os níveis de medicamento no organismo variam ao longo do dia. No caso dos antibióticos, o consumo fora dos horários estipulados pode reduzir ou até mesmo cortar os efeitos da droga. Por isso, é importante seguir os horários prescritos pelos médicos.

Posso engolir o comprimido sem água ou mastiga-lo?

Não é aconselhado engolir medicamentos sólidos sem água ou mastigá-los. Sem o líquido, o comprimido pode ficar preso no esôfago e causar desconforto como azia, queimação, dor no peito e sensação de falta de ar. Já a mastigação pode prejudicar a absorção do medicamento pelo organismo.
Posso tomar vários remédios ao mesmo tempo?

Tudo depende da medicação a ser administrada. Algumas substâncias, quando misturadas, causam interações medicamentosas que podem ser prejudiciais ao organismo ou até mesmo anular a ação esperada do medicamento. É necessário sempre consultar um médico ou farmacêutico.
Existe diferença entre o comprimido dispersível e efervescente?

O comprimido dispersível, produz dispersão homogênea quando em contato com líquido. Já o comprimido efervescente libera dióxido de carbono quando dissolvido em água. Os dois devem ser dissolvidos ou dispersos em água antes da administração.
Por que os medicamentos sólidos são coloridos? A cor representa algum princípio ativo e interfere no tratamento? E as letras?
A cor de alguns comprimidos nada mais é que uma forma de identificação, principalmente para as pessoas que utilizam diversos medicamentos diferentes, não interferindo no tratamento. Em relação às letras, alguns fabricantes optam por mais essa identificação pelo fato de ser mais fácil sua visualização, evitando o consumo irregular de medicamentos.

O formato de cada medicamento representa um tipo de interação com o organismo?
Entre as formas mais comuns dos medicamentos estão os comprimidos, drágeas e cápsulas. O formato de cada um está relacionado ao tipo de absorção pelo organismo. Os comprimidos, por exemplo, são resultado de uma mistura do princípio ativo em pó com substâncias que dão liga, como o amido ou a goma arábica. Eles são compactados até ficarem uniformes. No caso das drágeas, elas se diferem dos comprimidos por uma película externa que impede a degradação dos compostos. As cápsulas são revestidas por um material gelatinoso para proteger o conteúdo interno e facilitar a deglutição.

Por que certos medicamentos são armazenados em frascos com algodão?

Os frascos com algodão possuem a função de manter o medicamento longe da umidade, não comprometendo sua eficácia.

Qual a diferença entre creme e pomada?

A pomada é composta por materiais gordurosos que deixam mais resíduos na pele, sendo aconselhada para lesões secas. Já o creme é composto por água e deixa menos efeito residual. Por isso, é indicado para lesões úmidas.

Sobre a Extrafarma

Fundada há 59 anos, a Extrafarma atua no mercado de varejo farmacêutico do Brasil. Com mais de 400 lojas e 7 mil colaboradores diretos, a rede conta com mais de 8 milhões de clientes cadastrados no seu programa de fidelidade, o Clube Extrafarma. Em 2014, a empresa passou a fazer parte da Ultrapar, junto com Ipiranga, Ultragaz, Ultracargo e Oxiteno.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Dez alimentos que ajudam a aumentar a imunidade

Créditos: Katarzyna Bialasiewicz / Thinkstock
Ricos em nutrientes, eles fortalecem o sistema imunológico e aumentam as defesas do organismo contra vírus, bactérias, fungos e parasitas

Cansaço excessivo, resfriados de longa duração e perda de peso são algumas consequências geradas pela imunidade baixa, quando as defesas do organismo estão comprometidas e não conseguem barrar vírus, bactérias, fungos e parasitas. De acordo com a nutricionista do Estância do Lago - Spa & Wellness Thais Brito, a alimentação é um dos fatores principais para garantir o fortalecimento da imunidade. “Ter uma alimentação saudável e balanceada, com a presença de vitaminas e minerais, é essencial para aumentar a imunidade e prevenir doenças. É preciso haver um equilíbrio, com pratos coloridos, que explorem todos os macro e micronutrientes, consumidos em várias refeições durante o dia, em alimentos de boa procedência”, ressalta.

Confira dez alimentos que ajudam a aumentar a imunidade:

Alho: possui selênio, zinco e alicina, substâncias importantes para evitar gripes, resfriados, inflamações e infecções; 

Cebola: anti inflamatório natural, ela traz sabor aos alimentos e ajuda a reduzir o sódio e a quantidade de sal na comida. A cebola ainda atua na maior absorção de nutrientes, como o cálcio, essencial para os ossos; 

Frutas cítricas: laranja, tangerina, acerola, limão, morango e kiwi são alguns exemplos ricos em vitamina C, que é antioxidante, promove resistência a infecções respiratórias e gripes e ajuda na absorção dos nutrientes presentes em outros alimentos;

Gengibre: possui importante ação bactericida e auxilia principalmente nas infecções de garganta. Rico em antioxidantes e com boas doses de vitamina B6 e C, o gengibre é um dos melhores fortalecedores do sistema imunológico;

Beterraba
: com alto teor de potássio, ela auxilia no controle da pressão arterial e ajuda a fortalecer a imunidade e combater os efeitos do envelhecimento com a vitamina C; 

Cogumelo Shitake: é rico em lentinano, substância que aumenta a produção das células de defesa. Também possui fibras, que ajudam a saciar a fome;

Vegetais verde-escuros: exemplos como brócolis, couve, espinafre e rúcula são fontes de ferro, ácido fólico, antioxidantes e vitaminas A, B6 e B12, que atuam na maturação das células imunes, potencializando o sistema imunológico e protegendo contra diversas doenças;

Iogurte Natural: possui lactobacilos com propriedades probióticas, que são bactérias boas. Elas atuam na melhora da flora intestinal e fortalecem o sistema imunológico;

Castanhas:
são ricas em selênio, zinco e vitamina E, que potencializa o sistema imunológico por conter linfócitos B, que produzem anticorpos no organismo;

Carnes: possuem aminoácidos, vitamina B12, ferro e zinco, que trazem benefícios para a imunidade quando consumidos na quantidade certa.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

R$ 660 milhões apreendidos na Lava Jato vão para RJ e União


O dinheiro, segundo o magistrado, é uma forma de restituir os valores saqueados dos cofres públicos em esquema de corrupção investigado pela força-tarefa do Ministério Público Federal



O juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, autorizou a liberação de mais de R$ 668 milhões, pagos por delatores na Lava Jato, para o governo do Rio de Janeiro e à União.

O dinheiro, segundo o magistrado, é uma forma de restituir os valores saqueados dos cofres públicos em esquema de corrupção investigado pela força-tarefa do Ministério Público Federal. O pedido para a liberação do valor foi feito pela Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ).

Pela decisão juiz, o governo fluminense ficará com quase R$ 209 milhões, enquanto a União com cerca de R$ 459 milhões. Esta será a primeira vez que a União vai receber recursos da Lava Jato como forma de restituição.

O estado do Rio alegou que os valores depositados pelos delatores não eram alvo de disputa ou questionamento sobre a destinação. Dessa forma, poderiam ser destinados aos entes lesados.

Bretas concordou com o argumento e acrescentou que os recursos estavam sofrendo uma diminuição gradual do valor, graças aos efeitos danosos da inflação.